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sábado, 3 de janeiro de 2009 |
Sobre Alguém que Eu Costumava Conhecer (ou Aquele (ou Você)) |
Lhe pergunto Como vai querendo dizer Quem é você. Queria mesmo saber daquele que eu costumava conhecer. Já tive vontade de lhe conhecer, mas o medo de encontrar algo que minha consciência ainda nega ou da descoberta que fui eu que lhe criei. No caminho do meu pensamento até a boca a pergunta se transforma e eu digo Como vai você, que eu costumava conhecer - não conheço mais. Você está bem. Ótimo. Tento esquecer aquele.
Epílogo:
Chega a hora de aceitar a morte dele e, por fim, abençoar o seu nascimento. Como num batizado minha alma está cheia de algo santo, algo rudimentarmente santo, algo rudimentarmente santo e milagroso, algo rudimentarmente santo e surpreendentemente milagroso no qual eu lhe mergulho vagarosamente ardente fria singela cuidadosa inteira profunda silenciosa escandalosamente. Incapaz de lhe afogar, ou trazer à tona (não sei o certo) de repente eu aceito Como vai você.
(por Renan Ramiro) |
Soprou O Incrível Cabeça de Vento @ 10:15
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domingo, 14 de setembro de 2008 |
Cabeças |
As cabeças dos outros passam, a todo momento, pela sua. Algumas passam por um tempo, cessam, outras passam sempre, umas voltam a passar... As cabeças dos outros invadem a sua, libertam idéias, revelam expressões sob os seus cabelos, e fazem sentir, se associando - sem pé nem cabeça. Se inspiram confiança, você entra de cabeça. Algumas distantes trazem saudades. As de vento passam rápido porque vivem na verdade em outro mundo. Passam as insistentes, que, quando metem algo na cabeça, difícil tirar. Cabeça de gado, do qual você rejeita se alimentar. Cabeça pra fora do veículo, cabeça aberta e ideológica, lógica, ilógica, perdendo a cabeça, tiro na cabeça, tragédias na sua cabeça. Alho, alfinete, palito de fósforo.
(por Renan Ramiro) |
Soprou O Incrível Cabeça de Vento @ 19:07
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segunda-feira, 21 de julho de 2008 |
Sobre Ver o Vento |
poeira, ave não sabe o vento o que leva mas no ímpeto de levar e de tanto que se entrega, vai em busca de ares quentes fortalecentes roda
pedras antes tão ileváveis levantam do chão em correntes machucam o que o vento encontra encontram o que o vento estraga
quando tonto o vento se depara com o desastre que podruzia toma equilíbrio as aves batem asas a poeira baixa o vento envergonhado por pertubar as pedras pára se reduz a brisa sopro ar páira
Renan Ramiro
estranho encontrar os sobreviventes do homem vento
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Soprou O Incrível Cabeça de Vento @ 22:20
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O Homem Vento |
Quem?
Onde?
partir
partir
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Convicções |
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